sábado, 7 de abril de 2012

(sem título)

Afasto-me do passado sereno e navego conduzido por belas criaturas sorridentes para o meu tão ansiado futuro.

Cabelos, olhares, sorrisos e carícias irrealizadas.

Desembarco em meu paraíso exclusivo e tudo o que me rodeia é de meu agrado.

Olhares, sorrisos e leves toques em suas mãos.

Mais um copo, mais um trago. Mais um corpo, mais um...

23/01/12

segunda-feira, 2 de abril de 2012

A Carne é Trêmula e as Rosas são Selvagens

O enjôo matinal transforma-se num ávido desejo noturno.

A carne, com o passar dos minutos, torna-se trêmula, completamente trêmula.

Amores crescem como os frutos das árvores.

E hoje, bem, hoje eu percebi o quanto o lado direito mexe comigo.

Listras alaranjadas, amarelas e azuis, todas se confundindo e desaparecendo com o menor dos suspiros.

O navio ainda se intitula de “umnavio”, porém, cais tentadores é o que não falta por esses mares.

Sorrio, fito seus olhos, sorrio, me despeço.

Fui obrigado pelos deuses a me retirar e, pelos mesmos, fui jogado no olho do furacão, aguardando insanamente pela minha inevitável morte. Porém, ao sentir essa iminente sensação de perigo, meus olhos se abrem e enxergam a luz. E é essa luz que me conduz a eles, a todos eles.

Ao me encontrar com esses seres sinto-me obrigado a arriscar. É uma força impulsiva que eu não consigo controlar. Força utilizada em vão – como todas as outras vezes – mas pelo menos ela foi utilizada.

Aprenda: as rosas são selvagens e, ao despertar de seu botão, elas desejam incontrolavelmente possuir tudo o que esta em sua volta. Tudo.

21/01/12