Sinto bons ares penetrando suavemente meus pulmões.
Bons ares como o doce aroma das rosas que insistem em nascer
no duro e frio concreto.
Bons ares como o suor juvenil após quebrar todas as
correntes que o prendiam nessa monotonidade.
Bons ares do seu perfume que sinto ao passar provocadamente
ao meu lado.
Bons ares que carregam juntamente ao vento todo um passado
de sorrisos e lágrimas.
Venha meu companheiro, suba nessa motocicleta e relate junto
a mim nesse diário todos os sorrisos, todos os olhares, todos os suaves
movimentos desses corpos nus andantes.
Viva comigo o presente do passado que
rompe com todas as amarras rumo ao esperado – e incerto – futuro.
24/01/12